A jornada de tratamento do câncer é uma experiência repleta de desafios e, entre esses desafios, a dor é uma realidade que muitos pacientes enfrentam. A Medicina da Dor ou Medicina Intervencionista da Dor, surge para oferecer soluções que controlam o desconforto, permitindo que os pacientes tenham maior qualidade de vida.
A dor é um dos sintomas que pode ser sentido em todos os estágios do câncer. A equipe médica especializada no alívio da dor está empenhada em avaliar cada caso individualmente, identificando as melhores abordagens para o tratamento e controle desse sofrimento.
Conheça os tipos de dor na oncologia:
- Compressão da medula espinhal: causada por tumores invadindo a coluna vertebral.
- Óssea: resultante da disseminação do câncer para os ossos.
- Cirúrgica: manifesta após procedimentos cirúrgicos.
- “Fantasma”: sensação de dor após amputação de membros ou órgãos.
- De outros tratamentos: efeitos colaterais de quimioterapia e radioterapia.
- Neuropática periférica: inclui dor, formigamento e fraqueza em mãos, braços, pernas e pés.
- Feridas na boca: dor e lesões decorrentes da quimioterapia.
- Mucosite e lesões por radioterapia: decorrente de queimaduras, aftas e cicatrizes.
- Devido a procedimentos e exames: relacionada a exames, diagnósticos e de monitoramento do câncer.
Os diversos tratamentos da dor no câncer:
A abordagem para o tratamento é abrangente, variando conforme a intensidade e a natureza da dor. A equipe médica emprega uma série de técnicas e terapias para atender às necessidades individuais de cada paciente.
Isso inclui o uso de analgésicos, neurocirurgia, fisioterapia, acupuntura, implantes de aparelhos entorpecentes e a confecção de órteses e próteses personalizadas. Além disso, a abordagem não se limita apenas ao aspecto físico; o apoio biológico, psicológico, espiritual e social é fundamental para ajudar os pacientes a enfrentar o sofrimento.
Escada Analgésica da OMS:
Uma ferramenta crucial no tratamento, especialmente no contexto de pacientes com câncer, é a Escada Analgésica da Organização Mundial da Saúde, a OMS. Essa abordagem estabelece três níveis distintos de intervenção, variando conforme a intensidade do desconforto e a resposta aos medicamentos.
Na primeira etapa, são empregados analgésicos não derivados de opiáceos. Na segunda fase, opioides leves são introduzidos conforme necessidade. Por fim, no terceiro estágio, medicamentos opioides mais potentes, como a morfina, são prescritos para atenuar dores de maior intensidade.
A Medicina da Dor desempenha um papel vital na jornada dos pacientes oncológicos, oferecendo alívio e conforto diante dos desafios dessa enfermidade. Com uma abordagem dinâmica e um leque diversificado de terapêuticas disponíveis, há a possibilidade de um aumento significativo na qualidade de vida dos pacientes.
É essencial que a dor seja enfrentada, levando em consideração não apenas os aspectos físicos, mas também os emocionais e sociais. Com a Medicina da Dor ao lado dos pacientes, a jornada se torna mais suportável e repleta de esperança para um futuro melhor.