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Câncer de pele: como saber se uma pinta pode ser perigosa?

O câncer de pele é o tipo mais comum entre os brasileiros. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 220 mil novos casos surgem por ano no país. 

Mas a boa notícia é que, quando detectado precocemente, esse tipo de câncer apresenta altas taxas de cura. 

Por isso, identificar uma pinta ou mancha suspeita pode fazer toda a diferença.

Entendendo o câncer de pele

O câncer de pele se desenvolve quando as células da pele sofrem alterações e passam a se multiplicar de forma desordenada. 

Os principais tipos são:

  • Carcinoma basocelular: mais comum e menos agressivo, geralmente se apresenta como uma lesão que não cicatriza, de crescimento lento.
  • Carcinoma epidermóide (espinocelular): mais agressivo, pode surgir sobre feridas antigas ou cicatrizes e tem potencial de se espalhar.
  • Melanoma: o tipo mais grave, com alto risco de metástase. Representa cerca de 3% dos casos, podendo surgir em qualquer parte do corpo, inclusive mucosas. Em pessoas negras, costuma aparecer nas palmas das mãos e plantas dos pés.

Dados no Brasil

  • Melanoma: 8.450 novos casos estimados em 2020. Em 2019, foram registradas 1.978 mortes.
  • Não melanoma: 176.930 novos casos em 2020, com 2.616 mortes no ano anterior.

Como identificar uma pinta suspeita?

A regra do “ABCDE” é útil para observar alterações em pintas ou manchas. 

Confira:

  • A – Assimetria: uma metade da pinta é diferente da outra.
  • B – Bordas irregulares: contornos mal definidos ou recortados.
  • C – Cor variada: diferentes tonalidades em uma mesma lesão.
  • D – Diâmetro: maior que 6 mm.
  • E – Evolução: mudanças recentes em tamanho, forma, cor ou sintomas como coceira e sangramento.

Outros sinais de alerta incluem:

  • Feridas que não cicatrizam, com sangramento recorrente.
  • Manchas que coçam, mudam de cor ou apresentam crostas.
  • Pintas que crescem, alteram seu formato ou apresentam bordas irregulares.
  • Em casos avançados, sintomas como inchaço nos gânglios, falta de ar e dores generalizadas podem indicar metástase.

Fatores de risco

  • Pele clara, olhos claros e cabelos loiros ou ruivos.
  • Exposição solar excessiva e sem proteção adequada.
  • Histórico familiar ou pessoal de câncer de pele.
  • Uso de câmaras de bronzeamento artificial.
  • Presença de muitas pintas ou lesões preexistentes.

Medidas de prevenção

  • Utilizar protetor solar diariamente (FPS 30 ou superior a 50 em casos de maior exposição solar, com proteção UVA e UVB).
  • Reaplicar o produto a cada duas horas, especialmente em atividades ao ar livre.
  • Evitar exposição ao sol entre 10h e 16h.
  • Usar roupas adequadas, chapéus de abas largas e óculos com proteção UV.
  • Observar regularmente a pele à procura de alterações.
  • Realizar consultas anuais com dermatologista.
  • Proteger bebês e crianças da exposição solar direta. O uso de filtro solar é indicado a partir dos seis meses.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é realizado por um dermatologista, com exame clínico e, se necessário, biópsia da lesão. O tratamento depende do tipo e estágio do câncer e pode incluir cirurgia, radioterapia, crioterapia, terapias tópicas ou imunoterapia, especialmente em casos de melanoma.

Nos últimos anos, avanços no diagnóstico precoce e no desenvolvimento de novas terapias, como a imunoterapia, contribuíram significativamente para a melhoria da sobrevida dos pacientes com melanoma.

Atenção aos sinais pode salvar vidas

Estar atento às mudanças na pele, adotar hábitos de proteção solar e manter um acompanhamento dermatológico são medidas fundamentais na prevenção e no combate ao câncer de pele.

No blog do NEO, você encontra conteúdos confiáveis e orientações importantes para cuidar da sua saúde. 

Compartilhe este artigo e incentive a prevenção.

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